
Todo mundo sabe que a raiva é uma doença perigosa. A forma mais eficiente de prevenir o contágio é por meio da vacinação antirrábica nos animais domésticos. Mamíferos em geral podem portar a doença e por isso a imunização é tão importante.
A vacinação de cães e gatos deve ser realizada anualmente, seguindo o calendário da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de João Neiva, que fornece a vacina antirrábica e sua aplicação de forma totalmente gratuita.
Já nos casos de animais de grande porte, como cavalos e bovinos, a aplicação da vacinação antirrábica deve ser realizada pelos proprietários. Casos de raiva nesses animais têm sido registrados no sul do Espírito Santo. Por isso, a importância da vacinação. Lembrando que o imunizante aplicado para cães e gatos é diferente do aplicado para outros animais.
“A raiva é uma doença viral de alta letalidade que pode afetar todos os mamíferos não aquáticos. A ausência de casos de raiva em cães e gatos não demonstra que a doença perdeu a importância, mas sim que as campanhas vacinais cumprem seu papel. O Sistema Único de Saúde oferece a vacina antirrábica para toda a população canina e felina em áreas urbanas e rurais, tendo em vista o contato próximo que estes animais possuem com seus tutores. A Vigilância Ambiental de João Neiva tem alcançado as metas de vacinação de cães e gatos, com mais de 80% da população animal vacinada”, destaca o veterinário da Secretaria Municipal de Saúde Farlen Miranda.
A contaminação da raiva para o ser humano ocorre principalmente com a mordida de algum animal infectado. A doença ataca o sistema nervoso, sendo na maioria das vezes fatal. A melhor forma de evitar a raiva é a prevenção por meio de ações simples:
- Vacinar animais anualmente;
- Ficar atento aos animais de fazenda, observando sempre a presença de mordidas de morcegos e sinais neurológicos em animais da propriedade. Em caso positivo, contatar o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo – Idaf, que tomará as medidas cabíveis através de seu serviço veterinário – www.idaf.es.gov.br.
- Não caçar, principalmente com cães, pois animais silvestres podem estar infectados e transmitir a doença aos cães durante brigas;
- Ao sofrer mordida de animal silvestre procure um hospital imediatamente;
- Se for mordido por animal doméstico, lave o local com água e sabão e procure o hospital mais próximo. O animal agressor deve ficar em observação por 10 dias;
- Nunca, em hipótese alguma, manusear animais que apresentem sintomas nervosos sem proteção adequada. Isso inclui carcaças de animais mortos, uma vez que o vírus é muito resistente a fatores ambientais e pode permanecer transmissível na carcaça por dias;
- Tapar sótãos e esconderijos em volta de casa para evitar que morcegos se alojem. Fique atento se esses animais aparecem ativos em horários incomuns. Morcegos voando durante o dia pode indicar alteração de seu estado neurológico, sendo um sinal para a raiva. Caso isso ocorra, contacte o Idaf.
- Não promover a matança de morcegos, pois estes animais possuem importância na saúde do ecossistema. O controle, quando indicado, é feito por órgãos competentes, com embasamento científico.