História

Com a chegada das primeiras famílias surgem os povoados de Acioli (1887) e Demétrio Ribeiro (1891).

No início do século, o engenheiro e deputado federal baiano João Augusto Neiva, muito lutou na Câmara Federal para a instalação da Estrada de Ferro Diamantina, pertencente a Companhia Estrada de Ferro Vitória x Minas.

Com a instalação da Estrada de Ferro surge a Estação Ferroviária, inaugurada em 20 de dezembro de 1905. O terreno para realização da obra foi doado pelo Sr. Negri Orestes.

Pedro Nolasco, que foi idealizador da construção da Estrada de Ferro, para homenagear o deputado federal João Augusto Neiva, deu à Estação o nome de João Neiva. É em torno da Estação que surge o povoado “João Neiva".

Em 30 de dezembro de 1921, João Neiva, através da Lei n.º 1305 é elevada a Distrito. Depois de várias tentativas para a emancipação, finalmente no dia 30 de março de 1988, a Assembleia Legislativa se reuniu novamente, para referendar o resultado do plebiscito, confirmando o mesmo. No dia, o vice-governador do Estado Carlos Alberto Batista da Cunha, exercendo interinamente o cargo de Governador do Estado, assinou a Lei n.º 4076 publicada no diário Oficial de 11 de maio de 1988, criando o Município de João Neiva.

No dia 15 de novembro de 1988, realizou-se a primeira eleição no Município. Tendo sido eleito para Prefeito, Aluyzio Morelatto, para Vice-prefeito, José Anízio Ivo Secomandi, e para a primeira Câmara Municipal os Vereadores: Alécio Jocimar Fávaro, Antônio Pandolfi, Augusto Tessarolo, Ayrton Fornaciari, Edson Luiz Dal Piaz Coutinho, José Carlos Alves dos Santos, José Domingos Del Pupo, José Francisco Grippa, José Geraldo Colombo, Jurandir Mattos do Nascimento, Maria Luiza Casoti Louzada, Natalino Antonio Gasparine e Waldemar de Barros.

Com a posse dos eleitos em 15 de novembro de 1988, o Município foi oficialmente instalado no dia 01 de janeiro de 1989, em cerimônia realizada no Centro Comunitário de João Neiva, presidido pelo juiz de direito da Comarca de Ibiraçu, Dr. Machado de Souza.

COLONIZAÇÃO

A colonização da região onde se situa o Município de João Neiva teve início com a chegada de imigrantes, principalmente italianos. As primeiras famílias vieram no ano de 1877. Mas as grandes levas tardaram um pouco mais a chegar.

Em 24 de fevereiro de 1874 o barco “Sofia”, ancorava no Porto de Vitória. Os tiroleses foram trazidos pelo Sr. Pietro Tabachi, que havia firmado um contrato.

Os imigrantes que se destinavam aos núcleos coloniais de Santa Cruz (Conde D’Eu), Acioli de Vasconcelos e Demétrio Ribeiro que hoje constituem os atuais municípios de Ibiraçu e João Neiva, desembarcavam em Vitória, seguindo depois, em vapores menores, para Santa Cruz. Dali subiam em canoas, o rio Piraqueaçu até o Porto de Santana, em Córrego Fundo, de onde prosseguiam, a pé, até as diversas sessões desses núcleos.

A fundação dos núcleos coloniais Acioli de Vasconcelos e Antônio Prado, em 1887, Demétrio Ribeiro, em 1891, e Moniz Freire, em 1894, tinha o objetivo solucionar o antigo e importante problema da colonização do Rio Doce, já tantas vezes tentada e sempre com insucesso.

O Dr. Antônio Francisco de Atayde foi o fundador do Núcleo colonial Acioli de Vasconcelos, e o nome dado ao Núcleo constitui uma homenagem ao então inspetor Geral de Terras e Colonização, tenente-coronel Francisco de Barros e Acioli de Vasconcelos, veterano da Guerra do Paraguai.

Oficialmente, no entanto, os primeiros estabelecimentos de colonos no núcleo colonial, depois denominado Acioli de Vasconcelos, foram efetuados pelo próprio engenheiro Antônio Francisco de Atayde, a partir de agosto de 1888.

Porém, os maiores contingentes de imigrantes italianos estabelecidos no Núcleo Colonial Acioli de Vasconcelos verificaram-se durante os meses de janeiro, setembro e outubro de 1889 e início de 1892.

A maior parte desses imigrantes chegou a Vitória, a bordo do vapor “Estrela”, a 29 de março de 1889, procedente do Rio de Janeiro, e alguns, no “Adria”, diretamente de Gênova – Itália, a 27 de dezembro de 1888.

Dados bibliográficos do Tenente-Coronel Acioli de Vasconcelos: o nome do Núcleo Colonial Acioli de Vasconcelos foi dado em homenagem ao Tenente-Coronel Francisco de Barros e Acioli de Vasconcelos, que ocupava o cargo de Inspetor Geral de Terras e Colonização, na época da fundação desse núcleo.

Acioli de Vasconcelos, faleceu a 26 de setembro de 1907, antes de completar 61 anos, no Rio de Janeiro, e o “Diário da Manhã”, desta Capital, de 9 de outubro desse ano, publicou nota comunicando o seu falecimento e apresentando algumas informações sobre sua vida:

· voluntário da Guerra do Paraguai;

· participante das batalhas de Estero-Belaco, Passo da Pátria, 24 de Maio, Avaí e Itororó;

· nomeado Secretário do Arsenal de Marinha de Guerra;

· nomeado como Chefe de Seção da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas pelo amigo particular, Visconde do Rio Branco;

· nomeado pelo Ministro Afonso Pena para assumir a Inspetoria Geral de Terras e Colonização, onde teve a oportunidade de contribuir para o bom encaminhamento do serviço de imigração e colonização em nosso País, e particularmente em nosso Estado.

AS PRIMEIRAS VÍTIMAS

Mal haviam sido estabelecidos no Núcleo Acioli de Vasconcelos, os imigrantes ali chegados em 1889, foram acometidos de graves enfermidades, tendo alguns falecido logo nos primeiros contatos com a nova terra.

Essas vítimas, em grande maioria, tiveram a pouca sorte de ser estabelecida na região mais insalubre do núcleo, que compreendia uma vasta extensão de terras, entre a foz do Córrego Esperança, no Pau Gigante, até as proximidades do Rio Doce, incluindo a Lagoa do Café.

Tratava-se de uma região baixa, pantanosa e infestada de doenças.

A colonização, nessa parte do núcleo processou-se com sacrifício de muitas vidas humanas e não obteve o resultado esperado.

PROFESSORAS MAIS ANTIGAS

· Sebastiana Pereira Grillo, Djanira Ferraz Coutinho, Dina Pinheiro, Maria Bittencourt Rocha (Dona Cotinha), Francisca Eulália Santana (Dona Chiquinha), Fernandina das Neves Raizer e as irmãs Adelaide e Olga Raizer, sendo essas duas últimas as únicas nascidas em Acioli.

· Sebastiana Pereira Grillo, formou-se em dezembro de 1916, e no dia 7 de fevereiro de 1917 foi nomeada para administrar a Escola do sexo feminino de Acioli, tendo entrado em exercício em 22 do mesmo mês. 

O PRIMEIRO MÉDICO

Um dos primeiros médicos do lugar, foi o Dr. Francisco de Paula Amarante Filho, natural do Rio Grande do Sul.

OS PRIMEIROS COMERCIANTES

Um dos primeiros a se estabelecer em Acioli foi Coriolano Pereira, que ali chegou ainda na primeira década do presente século, procedente de Nova Almeida, e acabou se tornando uma das pessoas mais importantes do lugar.

Em seguida, estabeleceram-se os seguintes comerciantes: Manoel Alvarenga Pimentel, Narciso Machado, Francisco Campostrini e tantos outros.

BARRA DO TRIUNFO

O Núcleo Colonial Acioli de Vasconcelos foi se estabelecendo lentamente em seus primeiros anos de fundação, principalmente devido à insalubridade da região, a precariedade das estradas e a falta de maior assistência.

A primeira seção desse núcleo a apresentar desenvolvimento foi Barra do Triunfo, onde existia a fazenda fundada por Giuseppe Battisti.

Adquiriu terreno no Rio Ubás e na Barra do Triunfo, dedicando-se à agricultura (cultivando café, cana-de-açúcar e cereais, montando também engenhos para o beneficiamento desses produtos), fabricação de cerveja de ótima qualidade, sendo a produção mensal de 3.000 mil garrafas, e ao comércio; também exercia a função de carpinteiro. Era nessa fazenda também que se reuniam os habitantes do núcleo nas ocasiões festivas.

Com a transferência de Giuseppe Battisti para Pau Gigante, aonde veio ocupar importantes cargos, inclusive o de Prefeito do Município, a direção dos negócios, em Barra do Triunfo, ficou sob a responsabilidade de seu irmão Guglielmo Battisti, cujo nome foi abrasileirado para Guilherme Baptista, para evitar perseguição política, da política de Getúlio Vargas.

Guilherme Baptista conseguiu realizar extraordinário desenvolvimento na região.

Fundou em 1907 a “Lira Triunfense” – banda de música, tendo como primeiro mestre o Sr. Antônio Barcelos.

Em 1915, fundou o “Camponês” – time de futebol, participando também como jogador.

Na década de 1920, Guilherme Baptista adquiriu um caminhão e um automóvel, os primeiros a rodarem na região, tendo também, na mesma época, construído a estrada de carro que liga Barra do Triunfo a Acioli.

Ainda nesta década, em sociedade com seu sobrinho Florêncio, filho de Giovanni Baptista, construiu uma barragem no Rio Ubás e inaugurou a Hidrelétrica que durante vários anos, até o advento da Excelsa, forneceu luz a Acioli e redondezas. Foi adquirido também o primeiro rádio do lugar.

Esse bem sucedido imigrante italiano faleceu a 27 de setembro de 1941, e foi sepultado na Barra do Triunfo, deixando viúva, Maria Casotti e os seguintes filhos: Hilário, Hortêncio, Theodolinda, Maurílio, Euclides, Aldemira, Hermes, Eulália, Davina, Iracema e Euflodísio.

A IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARAVAGGIO

A Igreja de Nossa Senhora do Caravaggio, na propriedade da família Ceccato, entre Acioli e Barra do Triunfo, foi construída por Ceccato Giovanni Pietro e, anualmente, a 26 de maio, dia consagrado a essa venerada santa, é ali realizada a bonita e animada festa, em sua homenagem.

O santuário Caravaggio, na Itália, onde viveu a piedosa jovem, fica na Diocese de Cremona, a 80km de Milão.

NÚCLEO COLONIAL DEMÉTRIO RIBEIRO

Fundado no ano de 1891, constituindo-se das seguintes seções: Crubixá, Treze de Junho, Clotário, São Carlos, Alto Bérgamo, São Benedito, Tranqüilo e Treze de Maio.

A fundação desse núcleo se deu por influência do imigrante Negri Orestes.

Quanto ao nome do Núcleo, foi dado em homenagem ao Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, Demétrio Ribeiro, do Governo Provisório da República, chefiado pelo Marechal Teodoro da Fonseca.

O núcleo possuía, nessa época um barracão coberto de zinco para hospedagem de imigrantes e uma casa que servia de escritório e farmácia, com acomodações para o médico e que, além desses edifícios do Governo, tinha ainda quatro casas de negócios, duas padarias, duas ferrarias, dois engenhos movidos a água para pilar café e moer cana.

Suas principais culturas eram o café, cana, milho, arroz e batata.

Com a inauguração da Estação de ferro Vitória a Minas, em Dezembro de 1905, que ficava distante apenas 6km do povoado de Demétrio Ribeiro, a situação desse núcleo melhorou consideravelmente, em virtude das vantagens proporcionadas por esse novo meio de transporte.

INAUGURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E LUZ

Em agosto de 1924, por iniciativa e recursos do Sr. Giuseppe Battisti, foi inaugurado na então vila de Pau Gigante, o Serviço de Água, cujo melhoramento, como não poderia deixar de ser, foi recebido com grande entusiasmo e satisfação pela população local.

Menos de dois anos depois, a 23 de maio de 1926, foi inaugurada a Usina Hidrelétrica, na mesma vila.

Essa Usina instalada na Cachoeira do Barro foi praticamente destruída na noite de 17 para 18 de novembro de 1942, por uma tromba d’água, que se constituiu no maior desastre registrado em toda a história desse Município.

Nessa época, quase todas as pontes e plantações foram destruídas e muitas casas desapareceram, arrastadas pela enchente, ocasionando o desabrigo de muitas pessoas e algumas mortes.

Os trens, único meio de transporte do lugar, deixaram de circular uma vez que alguns trilhos foram arrancados.

O Sr. Ayrton Bonesi, Prefeito do Município, de 1942 a 1947, lutou toda a sua administração para reconstruir o Município. Contudo os problemas eram muitos e os recursos disponíveis insignificantes.

Reinaugurou a Usina Hidrelétrica Santa Teresinha em 6 de outubro de 1946, pouco antes de deixar a Prefeitura.

Anos depois o Município passou a ser servido pela Escelsa.

INAUGURAÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE JOÃO NEIVA

Por iniciativa da firma dos irmãos NEGRI, foi inaugurada a Usina Hidrelétrica de João Neiva, em 13 de dezembro de 1924.

ESCOLA – SENAI

Para atender aos filhos dos ferroviários das oficinas de João Neiva, foi fundado o Liceu Pedro Nolasco, dirigido e financiado por uma Associação de Ferroviários.

Em 1947 foram iniciadas as obras da Escola “SENAI FERROVIÁRIAS” de Porto Velho e João Neiva, para a formação de artífice das oficinas da Estrada.

Em 1949 teve início o primeiro período escolar na Escola SENAI FERROVIÁRIA de João Neiva, que contava com os cursos profissionalizantes de Tornearia Mecânica, Caldeiraria e Ferraria. A duração do curso era de três anos. No último, os alunos faziam estágio nas oficinas de Locomotivas, onde iriam trabalhar depois de formados.

Em 28 de agosto de 1948, a Cia Vale do Rio Doce fundou o CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL “TALMO LUIZ SILVA”, com o objetivo de formar profissionais para atender a própria empresa, mantendo, através de acordo, padrões de ensino do SENAI.

Em 1991, com a desativação das oficinas da CVRD em João Neiva, todo o patrimônio foi doado à Prefeitura Municipal de João Neiva, criando então a FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “Dr. HILDO GARCIA”, que tinha como objetivo principal manter o Centro de Formação “Talmo Luiz Silva”; a fundação passou a ser mantida pela Prefeitura Municipal de João Neiva, mantendo os mesmos padrões.

Houve o rompimento do convênio com o SENAI e a assinatura do protocolo de intenções com o CEFET-ES (Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo), em 1999.

Atualmente, o então CEFORP está trabalhando para trazer novos cursos e principalmente implantar cursos técnicos profissionalizantes no Município, proporcionando à comunidade maior comodidade e confiabilidade na educação profissional de nossa região.

A DESATIVAÇÃO DAS OFICINAS DE JOÃO NEIVA

Por não atender as condições técnicas exigidas pela empresa, as oficinas sofreram várias ameaças de desativação através dos tempos. Mais de uma vez foram executadas as obras de ampliação e reforma, objetivando ajustá-las às novas exigências. Com o início da exportação de minério em 1940, o aumento do número de trens e o peso da carga transportada, cresceram o número de acidentes trazendo uma sobrecarga de trabalho para as oficinas.

Uma grande reforma se impôs e teve início em 1943. Entretanto, passando alguns anos, as reformas se tornaram obsoletas. Apesar dos apelos e clamores de toda a comunidade, decidiu-se que as oficinas de João Neiva seriam desativadas; e no dia 1º de abril de 1991, os empregados das oficinas de João Neiva iniciaram suas atividades nas oficinas situadas na área do porto de Tubarão da Companhia Vale do Rio Doce, em Vitória.

O APITO FINAL

Aos 25 de julho de 1991, parte a locomotiva que veio para João Neiva totalmente debilitada e fora reconstruída; aquela que tanto fez em prol da Companhia Vale do Rio Doce.

BIOGRAFIA DO JORNALISTA E DEPUTADO JOÃO AUGUSTO NEIVA

João Augusto Neiva nasceu na vila da Barra do Rio Grande de São Francisco, atual município de Barra (BA), no dia 21 de março de 1847, filho de João Augusto Neiva e de Joana Cândida de Castro. De origem humilde, fez o curso de humanidades em Salvador e cedo começou a trabalhar. Começou como tipógrafo de jornal, mas logo revelou talento de repórter. Em 1864 tornouse redator de O Constitucional, órgão de divulgação do Partido Conservador; quando este foi substituído pelo Jornal da Bahia, foi mantido em suas funções. Em setembro de 1868 foi nomeado protocolista da administração dos Correios, por ato do Ministério da Viação e Obras Públicas, e manteve-se no cargo até 1879. Nesse período foi também administrador do Teatro São João.

Em 1879 foi nomeado oficial da secretaria da Assembleia Provincial da Bahia; foi depois promovido a diretor geral, cargo em que se aposentaria em 1895. Iniciou a carreira política elegendo-se deputado provincial pelo 14º distrito para a legislatura 1882-1883. Com a implantação da República filiou-se Partido Republicano Federalista e tornou-se diretor da Gazeta da Bahia. Elegeu-se deputado estadual para a legislatura 1893-1894 e foi escolhido primeiro-secretário da Assembleia Legislativa. Após a cisão do Partido Republicano Federalista, em 15 de abril de 1894, passou a integrar o Partido Republicano Federal, na ala chefiada pelo conselheiro Luís Viana, por isso denominada “vianista”.

Também em 1894 foi eleito deputado federal, passando a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Várias vezes reeleito, exerceria mandatos sucessivos por 15 anos ininterruptos, até 1908. Na Câmara dos Deputados integrou, entre outras, a Comissão de Fazenda. Sua conduta como deputado, portando-se sempre com lealdade, sinceridade e gentileza no trato, garantiu-lhe o respeito e admiração dos demais membros do Congresso Nacional, de tal maneira que sua influência ultrapassava os limites das bancadas e se sobrepunha à dos líderes de cada uma delas. Isso provocou em vários líderes, principalmente no da bancada baiana, temor e desconfiança, já que em mais de uma oportunidade suas orientações foram desconsideradas, preferindo os parlamentares atender ao pedido pessoal de João Neiva.

A despeito desse prestígio, na eleição para a legislatura 1909-1911 não conseguiu obter o reconhecimento de seu mandato. Inconformados com seu afastamento compulsório, em 6 de outubro de 1909 os deputados decidiram nomeá-lo chefe da Seção de Debates da Câmara. Em 15 de dezembro, foi promovido a superintendente da Mesa, cargo no qual se aposentou. Como jornalista foi também diretor dos periódicos Interesse Público, Farol, O Correio, e Telégrafo. Foi sócio benemérito do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, e sócio honorário da Associação Tipográfica Baiana. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 21 de agosto de 1923. Casou-se com Ana Adelaide Neiva com quem teve quatro filhos. Entre eles destacou-se Artur Neiva, que se notabilizou como uma das maiores autoridades em malária, sendo o primeiro a publicar trabalho a respeito da doença; foi também o segundo interventor na Bahia após a Revolução de 1930.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

PREFEITOS DO MUNICÍPIO ANTES DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA 

1. Eduardo Gabrielli (1891 a 1892)

2. César Ghidetti (1892 a 1896)

3. Bonesi Antônio (interino)

4. Rebuzzi Sarcinelli (1896 a 1897)

5. Luigi Muso (1897 a 1898)

6. Minchio Pietro (interino)

7. Bonesi Antônio (1898 a 1899)

8. Manoel Pereira Pinto (1899 a 1901)

9. Giuseppe Battisti (1901 a 1903)

10. Guilherme Baroni (interino)

11. Manoel Pereira Pinto (1902 a 1908)

12. Sarcinelli Antônio (interino)

13. Domício Martins (1908 a 1914)

14. Giuseppe Battisti (1914 a 1915)

15. João Schimitberger (interino)

16. Domício Martins (1915 a 1928)

17. Dr. João Pereira Netto (1929 a 1930)

18. Dr. Hildo Garcia (1930 a 1937)

19. Dr. Luiz Aguiar (1937 a 1942)

20. Arylton Bonesi (1942 a 1947)

21. Dr. Antônio Barroso Gomes (1948 a 1951)

22. Silvério Del Caro (1951 a 1954)

23. Albérico Manoel de Oliveira (interino)

24. Emílio Lombardi (interino)

25. Hilário Favarato (1955 a 1959)

26. José Anízio Ivo Secomandi (interino)

27. Renato Battisti (interino)

28. Maurílio Batista (1959 a 1963)

29. Nilzo de Almeida Plazzi (1963 a 1967)

30. José Rebuzzi Sarcinelli (1967 a 1971)

31. Antônio Vescovi Possato (1971 a 1973)

32. Sebastião da Rosa Loureiro (1973 a 1977)

33. José Anízio Ivo Secomandi (1977 a 1983)

34. Jauber Dório Pignaton (1983 a 1988)

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