
Nesta segunda-feira, 24 de outubro, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite. A data foi estabelecida pelo Rotary Internacional para celebrar o nascimento de Jonas Salk, norte americano, líder da primeira equipe que desenvolveu uma vacina contra o vírus.
Erradicada no Brasil em 1994, o vírus da poliomielite pode voltar a ser uma ameaça real para milhões de crianças pelo baixo índice de cobertura vacinal no Brasil, que em 2022 está em 52,3%, muito abaixo da meta de cobertura vacinal de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. Inclusive, após 33 anos, o Brasil voltou a ter um caso registrado de poliomielite neste mês, em uma criança de três anos no Pará. Em João Neiva, a cobertura vacinal do imunizante da pólio é de 86%. Falta pouco para alcançar a meta.
Até que a poliomielite seja erradicada no mundo, existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território. Para evitar isso, é importante manter as taxas de cobertura vacinal altas e fazer vigilância constante, dentre outras medidas.
O imunizante está disponível na rede pública de forma gratuita pelo SUS e deve ser aplicado nas crianças menores de cinco anos de idade conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha anual. O esquema vacinal contra a pólio é de três doses da vacina injetável – VIP (aos 2, 4, 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).
"Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite já tinha sido erradicada do Brasil, mas como a cobertura vacinal tem diminuído, ela voltou a ser uma ameaça, a vacina é a única forma de prevenção", pontua o enfermeiro de Estratégia de Saúde da Família Lindomar Soprani. Ele acrescenta que o vírus da pólio ataca o sistema nervoso, paralisando de forma permanente os membros inferiores. A vacina é a única forma de prevenção", destaca.
Vacina salva vidas – A partir dos anos 80 com a implantação do Sistema Único de Saúde uma geração inteira viveu sem doenças que eram recorrentes antes da vacinação. Paralisia infantil, varíola, meningite e outras doenças graves matavam crianças com frequência ou as deixavam com sequelas irreversíveis e graves. Agora é a hora dos papais e mamães que foram salvos pela cultura da vacina, cuidarem dos seus filhos e protegerem os pequenos das doenças.
Na era da internet, a desinformação tem se alastrado por meio das fake news. Seja esperto e sempre se informe pelos meios oficiais de comunicação. Informação salva vida, a desinformação mata.